Medo de ser despejado motivou assassinato em Carlópolis

Medo de ser despejado motivou assassinato em Carlópolis

Valdeci Pedro Miranda, de 43 anos, ao chegar em sua propriedade, para tratar dos animais que mantinha no local, foi recebido a balas pelo homem que morava em seu sítio. João Leite, de 65 anos, acertou dois tiros em Valdeci, que veio a falecer e ficou estirado no local.
Com o falecimento do sogro de Valdeci, a propriedade foi herdada por sua esposa, João Leite, que trabalhava na propriedade há mais de 40 anos tinha medo de ser mandado embora. Segundo a polícia, ele sofria de esquizofrenia e era muito nervoso. Durante todo o tempo, o caseiro usou uma espingarda calibre 36 e, segundo o delegado, estava com muita munição dentro da casa. "A situação foi bastante difícil. O caseiro era caçador e tinha uma boa pontaria", disse o delegado Rubens Perez.
Segundo populares, Leite, após o assassinato e com a chegada da polícia, começou a efetuar disparos para todos os lados impossibilitando a chegada de qualquer pessoa nas proximidades de sua residência,na propriedade rural, localizada próximo da rodovia que liga Carlópolis a Ribeirão Claro.O homicida estava dentro do casebre, onde morava. O local ficou cheio de tiros da PM.
Durante a tentativa de abordagem policial o soldado João Carlos estava atrás de uma árvore, após um deslize o soldado acabou sendo atingido por um disparo que acertou a região inguinal, transfixando e alojando-se no glúteo. Também o delegado da polícia civil de Carlópolis, Fátimo Siqueira foi atingido por um tiro de raspão na cabeça.Apesar de sofrer um leve afundamento, o projétil não penetrou na testa do policial.
No início da noite, PMs de Cambará, Joaquim Távora e Ribeirão Claro, além da Rotam, cercaram o local. Como o doente não permitiu negociação e não parava de atirar, eles invadiram o local onde Leite se encontrava e após troca de tiros, mataram o atirador.
O Soldado João Carlos foi encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia de Jacarezinho, onde passou por cirurgia para remoção do projétil e Fátimo está foi atendido no Hospital São José de Carlópolis.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a ocorrência. Cerca de 15 policiais participaram da operação.
O Prefeito Roberto Coelho convocou toda a equipe de atendimento para o Pronto Atendimento Municipal, acompanhados inclusive das ambulâncias da cidade e mais uma de Joaquim Távora para prestar todo o atendimento necessário às vítimas. Vizinhos da propriedade disseram que ultimamente João Leite também os ameaçava sempre que se aproximavam de sua residência, mas não acreditavam que ele seria capaz de cometer uma atrocidade dessas.
Alguns jornais veicularam que a família herdeira do sítio havia pedido para que João Leite deixasse a casa onde morava, porém a informação não foi confirmada pelo irmão de Valdeci. Aparecido Donizete de Miranda informou que Valdeci jamais pediu a casa ao João, e que aquele pedaço onde ele vivia seria dele até que ele morresse.
Valdeci era muito querido na cidade e seu corpo foi sepultado no cemitério de Carlópolis, assim como o de seu homicida.
 

Na foto, Valdeci Pedro de Miranda.